
CRTI/UFG é palco de discussão sobre transição energética
Em visita à instituição, pesquisador holandês André Faaij propõe alternativas para o futuro e diz que mudanças precisam começar agora
Nesta segunda (06/11), o Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da UFG (CRTI/UFG), instalado no Parque Tecnológico Samambaia (PTS/UFG), sediou uma discussão sobre transição energética por ocasião da visita do pesquisador holandês André Faaij, que é professor das universidades de Utrecht e Groningen e diretor científico da TNO Energy & Materials Transition – companhia da Holanda que atua com pesquisa aplicada e serviços de consultoria na área de energia. O evento foi organizado pela Secretaria de Relações Internacionais da UFG (SRI/UFG).
Além de Faaij, compuseram a mesa diretiva do encontro o diretor de Acordos e Redes da SRI/UFG, Cristiano Almeida; o professor Marcelo Tete, da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face/UFG), representando o Centro de Excelência em Hidrogênio e Tecnologias Energéticas Sustentáveis (Cehtes/UFG); e o professor Manuel Ferreira, do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa/UFG), que também é diretor-executivo do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado (Cempa Cerrado).
A apresentação começou com uma breve exposição de como está sendo estruturado o Cehtes/UFG, que nos próximos três anos receberá R$ 24 milhões do governo de Goiás, por meio da Fapeg, para a implementação do projeto focado em estudos e soluções tecnológicas nas temáticas do hidrogênio e energias renováveis de baixo carbono. Em seguida, o assunto foi o Cempa Cerrado, responsável por gerar com precisão e nível inéditos a previsão de tempo para toda a região Centro-Oeste, cenários climáticos e modelos de produção agro climáticos, entre outros produtos. Ambas as unidades terão prédios instalados no PTS/UFG.
Em seu instante de fala, Faaij fez uma explanação completa sobre a visão da TNO e de como a questão energética tem sido tratada na Holanda, na Europa e em contexto global, incluindo os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia e o controle da China sobre minerais críticos. Para ele, a saída envolve um sistema energético de transição, economia circular e novos processos industriais combinados e interdependentes. “Precisamos fazer algo agora, não há tempo a perder”, disse ele uma plateia composta por professores de diferentes unidades acadêmicas da UFG.
Concluído o seminário, houve espaço para debate e opiniões, momento em que se juntaram à mesa diretiva o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Marcos Arriel, e o subsecretário de Inovação e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia de Goiás (Secti Goiás), Raphael Martins. Para fechar sua passagem pelo Parque, o roteiro de Faaij incluiu ainda visitas às divisões e laboratórios do CRTI/UFG e à rede de laboratórios IPElab.